segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Há dez anos, Bush e a mesquita

Como muitos, neste 11 de setembro lembrei-me do que estava fazendo quando vi as cenas na TV de uma das torres gêmeas incendiando. Foi no intervalo de uma reunião no então Mestrado em Sociologia da UFPA. Pela TV ao fundo da sala, pensei tratar-se de um incêndio em um prédio, com aquelas duras imagens de pessoas desesperadas à janela. Só ao longo do dia fui sabendo do atentado de proporções extraordinárias.

Bush, que incrivelmente foi beneficiado em sua reeleição, dois dias depois do atentado visitou uma mesquita, respeitando os rituais muçulmanos. Uma atitude que cuidava, em meio à dor, de delimitar o campo da resposta civilizada, mantendo-se os princípios da tolerância e do respeito às diferenças. Mas, como sabemos, foi só um lapso de grandeza em meio a uma série de "políticas" de vingança que mataram muitas vezes mais do que os atentados. Troca de ódio por ódio, longe de produzir o que se disse nos discursos: o país ficou mais seguro com as medidas tomadas. Tolerância, diplomacia faltam hoje como ontem em relação àquela porção do Oriente de onde se originou uma grande parte de nossa herança cultural.
 

Um comentário:

  1. Grato pela visita e incentivo. Gostei de ver a simplicidade na linguagem do seu blog. Penso que a sociologia pode dialogar mais com as pessoas "comuns" que navegam nesse território que é a Internet. Isso a gente vê aqui. Abraços.

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