sexta-feira, 19 de junho de 2020

QUEM "QUER" TRABALHAR DURANTE PANDEMIA? NÃO SEJAMOS DESUMANOS! HÁ SOLUÇÕES DIGNAS!


Que a pandemia não nos torne insensíveis. O Brasil é um país dos mais desiguais do mundo. Deveríamos nos preocupar em que todos tenham acesso ao melhor meio disponível hoje de combater a expansão do vírus, que são as medidas de isolamento social. Auxiliar financeiramente os vulneráveis ajuda-os a se protegerem e, de quebra, move a economia. O dinheiro volta imediatamente aos mercados, farmácias etc. Todos os países democráticos definiram generosos auxílios aos pobres, desempregados, vulneráveis, para que todos possam participar dos esforços coletivos de enfrentamento da pandemia. Dizer que as pessoas pobres "querem" trabalhar pois precisam da renda, é desumano, insensível e hipócrita. O Brasil é país rico, paga juros milionários a uma dívida pública que não sabemos para que serve e nem quem ganha com ela. Ela come uma proporção enorme do orçamento público.
Por que não assumimos juntos o cuidado com os mais pobres, para que todos possam se proteger? E, também, proteger os que trabalham em serviços essenciais que, estes sim, não podem parar, em prol da coletividade.
Para quem não está nem aí com a sorte dos pobres, ao menos pense que pobres contaminados vão continuar transmitindo a doença. Então, se não sabemos ver nossa sociedade como uma unidade solidária, que não queremos fazer sacrifícios em prol dos mais frágeis, pensemos então que esse vírus se espalha tanto que mesmo os privilegiados estarão expostos, pois não há muros físicos entre as classes sociais.
Não caiamos nessa conversa de que muitos "querem" trabalhar. É uma visão desumana da sociedade, é não saber o que é pegar um ônibus cheio na pandemia, é não se importar com aqueles que não têm renda para poder se cuidar. O auxílio emergencial não é esmola, mas direito. E, também, créditos baratos a pequenas e médias empresas. Tudo isso gerido com espírito de cidadania, espírito público e solidariedade social.


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Lua de mel, lua de morango

Lua de mel, de morango
Primeira lua cheia de cada mês de junho
Iluminas generosa o céu da cidade
Tu, faceira dona de belezas do silêncio.
Quantos estão te olhando nesta noite?
Quantos convidaste à noite em claro?
Sinto tua luz como um bilhete de viagem...
Que leva ao cosmos, a abraços desejados
Ao lado mais doce das memórias
E a projetos que ainda vale acalentar!

Sur un livre et un anniversaire

Tu as déjà tourné la page de ton livre. Sans doute, aujourd'hui je suis laissée quelques pages derrières. Peut-être,je suis plutôt page arrachée du livre de tes amours. Mais, au moins, j'y ai été un jour, lorsque la vie nous a permis de se connaître et de partager des rencontres, des plaisirs, des joies, des rigolades, des repas ensemble, des câlins et de moments languissants... Quel cadeau la vie m'a donné! Participer au livre de tes amours! Participer d'un chapitre, même si trop bref. Je me suis enrichie...
 
Le temps est donc, relatif. Einstein l'avait bien prouvé avec les données de la science physique. Les gens, par contre, savent par expérience que le temps vécu est toujours relatif. Surtout, le temps de vivre et d'écrire les pages d'un amour. 

Je m'attarde liée à notre engagement - de nous deux. Notre engagement, pourtant, est absolument passé pour toi. Pour moi, il est vivant, amour pulsation... 

Biensur, plus le temps passe, plus je me rends compte de la finitude de l'amour. Et, donc, mon propre vécu de notre amour se dissipe, petit à petit.

Je compte les jours pour le 13 juillet 2020. Il va me transporter à un juillet ensoleillé, trois ans auparavant, quand j'ai lu un texte messenger qui me surprenait: "je t'attendais, lol". Et j'ai cherché au dictionnaire le sens du mot lol. C'est l'anniversaire d'une grande joie, la porte ouverte à un sentiment sublime qui allait se tisser.

Cependant, cet anniversaire n'aura de sens que pour moi. Car, malgré le temps passé, tu séjournes dans les espaces de ma demeure. Ta présence est pleine ici.

Temps et espace sont relatifs. Surtout, le temps de l'amour. Je n'ai pas encore quitté le bateau qui m'a amené vers toi. Je n'ai pas jeté l'ancre à son port d'attache définitif, où il va finir par couler, manque de soin.

Entretemps, je navigue les mers de tes souvenirs, les mers de nos conversations, les mers de nos rigolades, les mers de nos attentes en joie... Je survole les Pyrénées, je les vois en regardant vers l'ouest à partir de la plage de Saint-Pierre. Je marche vers Narbonne Plage, en décembre 2018, pour te rencontrer lorsque tu t'occupais d'un appart... Je te touche milliers de fois.

Temps et espace sont relatifs. C'est pourquoi tu es ici, ta mémoire est vivante, ta voix est claire, ton corps es chéri, ta peau est souple. 

Je te souhaite de belles pages d'amour de ton livre. Je te garderai toujours en moi, même lorsque ton souvenir ne sera plus qu'une petite fleur. Toujours belle pourtant, toujours délicate, toujours porteur de ma gratitude envers toi.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Attendant la rencontre future de coeurs

Deux mers et une chaîne de montagnes
M'empêchent toujours de te toucher.
Pourtant, que sont-elles, ces distances océaniques?
Je les auraient traversés encore mille fois!
Le coeur battant anticipant la joie connue,
Pour danser "La valse à mille temps" avec toi.

Que s'est-il passé?
Une distance vraiment infranchissable
S'est érigé entre nous deux
Les mers et les montagnes s'y sont effondrés...
Et moi avec!

L'étrangeté de ton regard à mon égard
Est distance qui se mesure en galaxies.

Sans moyens de traverser un tel espace
Mon espoir habite alors dans la durée
C'est donc au temps, maître de toutes les leçons
Que je confie l'espoir d'un jour te retrouver

Toi et moi
Une rencontre, non plus des corps... 
(Le temps charge son prix)
Plutôt une rencontre de notre compréhension!
Voir ton regard sensible au mien et à nos coeurs
Silence, reconnaissance, 
Sourire d'esprits! 

Mes plus beaux souvenirs de toi, mon être chéri
Trouveront enfin une paix tant desirée
Et puis la joie que j'associe à notre amour.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Aquarelle du crépuscule


Fin d'après-midi, une nuance de gris gagna le ciel
Des rayons dorés colorèrent le paysage
Deux ibis blancs s'envolèrent vers l'abri de nuit
Le soleil ponant les peintura en argent.
C'est le mardi d'une semaine confinée
La soirée fit du ciel une toile qui passe
Où je voulus voir des signes de mon aimé
Je rien vus, jusqu'à ce que la nuit recouvra l'aquarelle.
De son amour je garde des souvenirs sans portrait
Les paysages ne parlent plus de lui, comme avant
J'éprouve nostalgie, pourtant sans ton ni dessin
Il ne colora pas le coucher daujourd-hui.
Gris et doré, quelles notes apportez-vous à mon poème?
Je pense vous entendre: même l'être chéri distant
Puisque l'amour valut...
Un peu de lui sera là, à chaque soleil couchant.

Prenúncio de tempestade


Ofereço a vocês um prenúncio de tempestade.
Depois de cada tormenta, diz a velha lição,
Tem sempre uma bonança.
Vivemos tempos difíceis, tempestades
Importa não perder a humanidade
Não ser indiferente aos males do mundo
Nem ignorar nossas maldades.
O que nos faz povo e nação
Não é bandeira, hierarquia ou dores
É unidade nas diferenças,
Solidariedades inclusivas.
É cuidado com os frágeis
Do tecido social
É delicadeza dividida
E futuro generoso!
Somos povo e também povos!
E, entrementes, legitimamos
Supremacias, escalas, armas.
Desconhecer a história
Desvalorizar as gentes
Acalentar violências
Enfim, atiçar tormentas...
Ideais fascistas nos corroem!

Precisamos odiar o natural



Há poucos dias, o presidente disse que, apesar de lamentar as mortes pelo vírus, todos vão morrer de qualquer modo! A ex-secretária da cultura reclamou de se falar das mortes por tortura com uma visão semelhante, ou seja, não é tão grave assim, pois todos morrem. Uma economista da equipe de Guedes quase se alegrou com a ideia das muitas mortes de idosos de covid, pelo alívio nas contas da Previdência! A ideia de armar a população também parte da noção de que, no fundo, a morte é nosso destino comum. O mesmo vale para a justificativa de que a economia precisa funcionar, mesmo ao preço das mortes provocadas pela exposição à doença.
Uma economia não é fatalidade! Que economia é essa, em pleno século XXI, que se declara incapaz de submeter a atividade econômica ao objetivo maior de promover a vida da coletividade? Milênios de história e somos ainda como os homens das cavernas, que viviam ao sabor do acaso?? No nosso caso, vivemos ao sabor das "flutuações dos mercados"?
A timidez das reações de repulsa àquelas palavras sobre a morte é uma prova de que tal forma de pensar está no fundo de nossa organização social. Assim, pode-se entender porque não se coloca todo o esforço público possível para o enfrentamento comum da pandemia. O auxílio emergencial, por exemplo, além de pequeno (e o governo queria só R$200,00), colocou tantas pessoas em risco em filas e sujeitas a uma burocracia que se arrasta até hoje. Mas, já que esse pessoal está acostumado a sofrer e, no fundo, todos vamos morrer mesmo, não tem problema sofrerem mais um pouco. Aceitar que a educação superior é para os melhores e não justiça social - dito por um Ministro!! - faz parte do mesmo quadro de pensamento.
Essas coisas são ditas e feitas, porque evoluímos pouco como sociedade e como civilização.
Todos os esforços da ciência, da tecnologia e da moral coletiva são para que se diminuam mortes por causas evitáveis. Um país deveria, em tese, orgulhar-se de elevar a expectativa de vida, de reduzir a mortalidade infantil e materna. O IDH, por exemplo, foi elaborado para nortear países, governos e sociedades na fixação de metas de crescimento econômico sim, mas inseparáveis da vida com qualidade. Por isso associa indicadores econômicos com indicadores sociais.
Então por que nós, brasileiros, em 2020, engolimos visões toscas sobre saúde e economia?
Por que engolimos a ideia de que a morte é inevitável? E os saberes que desenvolvemos, inclusive como dom de Deus (para os que crêem), são para que? São para nos elevar, para incluir, para promover a vida coletiva, da qual todos dependemos.
Por que nós, brasileiros, aceitamos um governo que declaradamente abdica do dever de promoção da saúde? E o faz tendo a coragem de dizer que todos vão morrer mesmo. Então, velhos, pobres, doentes... esses apenas estão na frente do destino. E, assim, abdicamos de nosso dever - cuidar da saúde de todos, evitar as causas de morte que são evitáveis: mortes por doença, por acidentes de trânsito, por fome, subnutrição, falta de saneamento (pular no esgoto não é natural, como disse o líder!!).
No fundo, nos acostumamos demais com as desigualdades. E, portanto, com o fatalismo de que não podemos mudar essa situação. Mandamos os ideais de solidariedade às favas. Deixamos de perguntar porque em meio a uma pandemia, a preocupação dos governantes é em não gastar muito dinheiro!
Estamos tão acostumados que uma parte de nós brasileiros mora mal em favelas, baixadas, alagados... que acabamos por aceitar visões atrasadas sobre a morte como algo natural e fora de nosso alcance.
Precisamos odiar esse natural!

Nous devons détester le naturel



Il y a quelques jours, notre président a dit: malgré les regrets des décès dus au virus, tout le monde mourra de toute façon! L'ancien secrétaire à la Culture s'est plaint car on parle des décès par torture. Elle a montré une opinion similaire, disant que ce n'est pas si grave, car tout le monde meurt. Un membre de l'équipe du Ministre de l’Économie était presque ravie de l'idée des nombreux décès de personnes âgés, en raison de l'allègement des comptes de la Sécurité sociale! L'idée d'armer la population part également de l’argument que, au fond, la mort est notre destin commun. Il en va de même pour la justification selon laquelle l'économie doit fonctionner, même au prix des décès causés par l'exposition à la maladie.
Une économie n'est pas une fatalité! Quelle est cette économie, au XXIe siècle, qui se déclare incapable de soumettre l'activité économique au plus grand objectif de promotion de la vie de la communauté? Des millénaires d'histoire et nous sommes toujours comme des hommes des cavernes, qui ont vécu par hasard ?? Dans notre cas, vivons-nous avec des «fluctuations du marché»? Les marchés sont en charge ...
La timidité des réactions de dégoût à ces mots sur la mort est la preuve qu'une telle façon de penser est au fond de notre organisation sociale. Ainsi, il est possible de comprendre pourquoi tous les efforts publics possibles ne sont pas mis dans la confrontation commune de la pandémie. L'aide d'urgence, par exemple, en plus d'être petite (et le gouvernement ne voulait que R$200,00), mettait tant de personnes en danger dans des queues d'attente et soumises à une bureaucratie qui traîne jusqu'à aujourd'hui. Mais, comme ces gens sont habitués à la souffrance et, au fond, nous allons tous mourir, il est normal d'en souffrir davantage. Acceptez que l'enseignement supérieur soit pour les meilleurs et non moyen de justice sociale - a déclaré un ministre !! - fait partie du même cadre de pensée.
Ces choses sont dites et faites, parce que nous avons peu évolué en tant que société et en tant que civilisation. Tous les efforts de la science, de la technologie et de la morale collective visent à réduire les décès de causes évitables. Un pays devrait, d'après tout ce que nous apprenons sur le développement, être fier d'augmenter l'espérance de vie, de réduire la mortalité infantile et maternelle. L'IDH, par exemple, a été conçu pour guider les pays, les gouvernements et les sociétés dans la définition d'objectifs de croissance économique, certes, mais indissociables de la vie et de la qualité. C'est pourquoi il associe les indicateurs économiques aux sociaux.
Alors pour quoi les Brésiliens, en 2020, avalons-nous des vues grossières sur la santé et l'économie?
Pourquoi avale-t-on l'idée que la mort est inévitable? Et nos connaissances, y compris comme un don de Dieu (pour ceux qui croient), à quoi servent-ils? Ils doivent élever, inclure, promouvoir la vie collective, dont nous dépendons tous.
Pourquoi, Brésiliens, acceptons-nous un gouvernement qui aurait abdiqué son devoir de promouvoir la santé? Et il le fait en ayant le courage de dire que tout le monde va vraiment mourir. Alors, vieux, pauvres, malades ... ce sont juste devant le destin. Et donc, nous abdiquons notre devoir - prendre soin de la santé de chacun, éviter les causes de décès évitables: décès par maladie, accidents de la circulation, faim, malnutrition, manque d'assainissement (sauter dans l'égout n'est pas naturel, comme notre leader a dit !!).
Fondamentalement, nous nous habituons trop aux inégalités. Et donc, avec le fatalisme que nous ne pouvons pas changer cette situation. Nous envoyons les idéaux de solidarité aux fèves. On a cessé de se demander pourquoi au milieu d'une pandémie, le souci du gouvernement n'est pas de dépenser beaucoup d'argent pour sauver des vies!
Nous sommes tellement habitués à ce qu'une partie de nous, les Brésiliens, vivent mal dans les favelas, les terres inondées ... que nous finissons par accepter les vues différentes sur la mort comme quelque chose de naturel et hors de notre portée.
Nous devons détester ce naturel!

terça-feira, 2 de junho de 2020

Idéaux fascistes nous rongent

Je vous offre ici, le prélude d'une tempête.
Après chaque tempête, la vieille leçon dit:
Du calme revient.

Nous faisons une traversée dure, au milieu des tempêtes
Il faut ne pas se laisser perdre l'humain
Ne devenir pas indifférent aux maux du monde
N'ignorer pas nos propres méchancetés.

Ce qui fait de nous des peuples ou nations
Ce ne sont pas drapeaux, hiérarchies ou douleurs
C'est de l'unité dans les différences,
Des solidarités inclusives.

C'est l'attention aux fragiles
Du tissu social
La délicatesse partagée
Et un avenir généreux!

Nous sommes à la fois uniques et multiples!
Et, en même temps, nous légitimons
Suprémacies, rangs, armes...
Adulations de barbarie.

Ignorant l'histoire
Dévaluant les gens
Nourrissant la violence
Bref, attisant les tempêtes ...

Les idéaux fascistes nous rongent!