sábado, 22 de abril de 2017

Feminismo não é anti-cristão, é sobre justiça

Feminismo não é ideologia de poder ou de destruição dos papeis sociais de mulheres e homens. É uma crítica a um dos tipos de desigualdade presentes em nossa sociedade: a desigualdade de gênero. É uma perspectiva de igualdade de oportunidades, de escolha e de influência na organização social. Não fosse essa crítica, mulheres não estariam hoje votando, trabalhando e cuidando das suas famílias, cada vez mais com o envolvimento genuíno dos companheiros homens. A valorização da paternidade como cuidado efetivo dos filhos pelos pais e mães, é parte desse projeto de igualdade social. Feminismo é, portanto, uma perspectiva de justiça e equidade. A influência da desigualdade de gênero transparece, por exemplo, no reduzidíssimo numero de mulheres no Congresso Nacional. Encontramos na vida de Jesus exemplos singulares de elevação da mulher, que ele deu muitas vezes, em um contexto histórico marcado pelo patriarcalismo, no qual a mulher era um ser de pouca importância e de poucos direitos. Já Maria em sua história, reverte nossa limitada lógica humana, que preza as hierarquias e o poder, não no sentido de serviço conforme aprendemos na última ceia do nosso Mestre. Para mim, então, feminismo não se opõe aos valores cristãos, ao contrário. Por outro lado, sei que feminismo é plural, com diferentes perspectivas. Mas, em todas as correntes ha um ponto comum: a busca de um mundo justo! E no qual os cuidados sejam valorizados e função de todos os humanos, independentemente do sexo.

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