As três ganhadoras do Nobel da Paz deste ano vêm de contextos onde além da democracia precária ou inexistente, a opressão da mulher é muito forte, o que se traduz nos déficits educacionais e de participação na vida social e política para as mulheres. Nesse sentido, em seu ativismo político, elas contribuem também para desconstruir os modelos culturais em suas sociedades e a desvendar os elos entre tais modelos e os sistemas econômicos e políticos. Ellen Johnson-Sirleaf foi a primeira mulher a chefiar um país africano, a Libéria e, além de executar programas de educação especiais para mulheres, criou um tribunal para julgar casos de estupro. A assistente social Leymah Gbowee, também da Libéria, é mãe de seis filhos e reconhecida por seus esforços para o fim da segunda guerra civil no país, em 2003. Para tal, ela mobilizou mulheres cristãs e muçulmanas para a luta comum e incentivou-as a realizar as chamadas 'greves de sexo',
rejeitando sexo com seus parceiros em busca de um objetivo. A terceira laureada - Tawakkul Karman - é iemenita, jornalista e mãe de três, diretora da organização 'Mulheres Jornalistas sem Correntes'. Há
cinco anos lidera manifestações em prol dos direitos humanos
e de poder para as mulheres, tendo sido presa por duas vezes. Nesses pequenos excertos de suas biografias, vê-se que elas ampliaram o horizonte da ação política.
As informações sobre as premiadas aqui apresentadas foram transcritas da página da BBC Brasil: As ganhadoras do Nobel da Paz.
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