Quero dividir o que estou vivendo hoje, o que talvez seja comum a outros amantes na mesma condição, experiencias de mescla de liberdade, ousadia e ao mesmo tempo o maior auto controle possível... Racional com risco e aventura. Na verdade, com tão poucas experiências de amor, a gente tende a concentrar toda a sensibilidade em cada gesto, em cada manifestação de carinho, em cada toque, como se ele tivesse a profundidade do mar na fluidez de um momento. É assim no beijo, é assim no abraço, é assim no "passeio pela pele"... Tudo, apesar de breve, é sentido em sua intensidade que envolve a alma... E se cola na memoria ....
E a sensibilidade aguçada enxerga - não sei se com lente de aumento - o que é bonito, o que tem uma qualidade estética larga, a expressão do amor a dois... Se é um amor passageiro, andante ..... Sem adeus mas também sem planos, sem marcas temporais .... Essas plenitudes aumentam... E cada gesto do amor, enfim, adquire como que vida própria. São viagens em si, cada um, e a vontade é poder guardar de cada um a memoria , o gosto e o tato... Como apreender esses infinitos instantes? A arte ajuda. A poesia e a música. Eu já disse antes que o meu amor passageiro tinha consigo a arte do encontro... Um escultor da amada, disse a respeito dele. A música Dois Rios, do Skank me socorre no desenho que quero fazer desses encontros. Os lábios são dois rios inteiros, sem direção. Foi assim. Ainda bem que existem os artistas que tem esse saber da vida através da beleza.
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