A investida da imprensa sobre o episódio dos bebês mortos e a omissão de atendimento à mãe na Santa Casa foi impressionante. A despeito de "quem" sejam os culpados - inclusive a falha de gestão apontada pelos médicos - o depoimento dos funcionários na ambulância foram muito contundentes, indicando que a mãe não foi examinada para checar a urgência da situação. Vale ressaltar a coragem da médica ao não se esquivar da imprensa, como frequentemente ocorre em situações do tipo. Contudo, são antigas por aqui as reclamações de mães que procuraram hospitais públicos com o que lhes pareciam sinais de parto e não foram atendidas. Sobretudo, que foram mal atendidas. Para muitas, resta tomar um taxi (caro para a maioria que se encontra nessa situação) e voltar para casa ou buscar atendimento alhures.
Um desfecho positivo, se é possível usar esse termo no caso, seria sacudir atitudes culturais arraigadas no atendimento a pessoas que dependem da saúde pública, tratadas rigorosamente dentro dos limites da gestão burocrática, ou dos recursos disponíveis para a área: não tem vaga, não tem leito, não tem ficha, não tem atendente ou especialista no dia marcado, remarque sua consulta (para daqui a alguns meses), mesmo se veio do interior etc. etc. De que tipo de apoio precisam as pessoas nessas horas? De que tipo de escuta e orientação?
Um desfecho positivo, se é possível usar esse termo no caso, seria sacudir atitudes culturais arraigadas no atendimento a pessoas que dependem da saúde pública, tratadas rigorosamente dentro dos limites da gestão burocrática, ou dos recursos disponíveis para a área: não tem vaga, não tem leito, não tem ficha, não tem atendente ou especialista no dia marcado, remarque sua consulta (para daqui a alguns meses), mesmo se veio do interior etc. etc. De que tipo de apoio precisam as pessoas nessas horas? De que tipo de escuta e orientação?
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