domingo, 3 de julho de 2011

Encantados S.A., no Teatro Cláudio Barradas - vale assistir

Foi a maior curtição assistir hoje à peça Encantados S.A., do Grupo de Tetro da UFPA. O humor fino por vezes escapa às crianças pequenas, o que é compensado pelas fantasias coloridas e pelas expressões dos artistas, que estão super bem no espetáculo. Não há quase cenário, mas o colorido dos personagens preenche a maioria das cenas. Alguns atores dão um show de interpretação à parte. Vê-se uma profusão de personagens de contos de fada que formam uma organização situada em um mundo encantado. Eles costumam vir à terra manter a crença das crianças em suas histórias. Só que, além das qualidades que apresentam nos contos de fadas, eles também têm alguns "pequenos defeitos", como o de serem medrosos. 

O personagem principal é o humano Nhoque, parecido com o Pinóquio, e sua boneca de madeira, que ganha vida na história. É um menino tímido, que perdeu a mãe há muito tempo, e que vai parar,  por engano da Fada Azul - aliás sua mãe - na própria sede da organização. Os membros da organização (Porquinho, Madrasta, Bela Adormecida, João e Maria, Gigante, Príncipe Sapo, Gladiador, Branca de Neve, Pequeno Príncipe, Yasmin, Capitão Gancho, Lobo Mau, Patinho Feio e vários outros) são divididos em grupos de príncipes, vilões, fadas e os "restantes", um pouco como na Escola de Magia de Harry Potter, em que os alunos formam equipes. 

Como esperado, os vilões são de fato vilões, mas atrapalhados. Eles vão tentar usar a presença de Nhoque entre os encantados para tomar o poder, há 30 mil anos em mãos de um Fado. O enredo mistura cenas dos contos com tiradas sobre a vida na cidade, personagens de novela, de vídeo games e desejos comuns de todos nós. Muitas vezes me peguei rindo mais que meus vizinhos pequenos na platéia. Mas eles também riram um bocado.

Um comentário:

  1. Obrigado pela recomendação do espetáculo, professora. A equipe toda está lisonjeada e lhe aguarda nas próximas temporadas.

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