Como mostrar a um jovem que 20 anos é muito
cedo? Que ainda dá tempo de errar, de aprender (aliás, sempre, diga-se
de passagem), que uma das coisas boas do passar do tempo (apesar de que o
"senhora" precede todas as conversações, mesmo num bar... ai!), uma das
coisas boas é a perspectiva diferente da vida, a tal "maturidade", uma
calma para aceitar as limitações... A noção de que, enfim, vale a pena!!! Mesmo que o caminho seja duro. A gente sabe que escolhas nessa fase da vida
são importantes, mas não são definitivas.
Eu queria dizer a esse jovem o que corre em muitas postagens no Facebook, sobre a necessidade de se ter o pensamento aberto, a esperança, a curiosidade... O que parece sem saída, sem sentido... hoje, vai mudar! Vai assumir outra importância! Que passado o tempo que a gente tiver a graça de poder usufruir, o dom de usufruir, de aprender com a vida e de comemorar aqueles aniversários da tal terceira idade... a gente até se arrepende de ter perdido tempo com sentimentos e angústias que são compreensíveis, mas que passam, passam... Eu queria dizer uma mensagem que tocasse o coração de um jovem, coisas que eu não me disse e não ouvi na minha época, porque como esse jovem triste de hoje, eu tive tristezas e angústias, e tristezas e angústias e, sobretudo, dúvidas, incertezas e questões sobre o sentido... E que eu também estive fechada para ouvir essas lições envelhecidas (porque são lições de todas as épocas). Só chegando na cinquentena é que a gente percebe a preciosidade do tempo que nos é dado viver...
Eu queria dizer a esse jovem o que corre em muitas postagens no Facebook, sobre a necessidade de se ter o pensamento aberto, a esperança, a curiosidade... O que parece sem saída, sem sentido... hoje, vai mudar! Vai assumir outra importância! Que passado o tempo que a gente tiver a graça de poder usufruir, o dom de usufruir, de aprender com a vida e de comemorar aqueles aniversários da tal terceira idade... a gente até se arrepende de ter perdido tempo com sentimentos e angústias que são compreensíveis, mas que passam, passam... Eu queria dizer uma mensagem que tocasse o coração de um jovem, coisas que eu não me disse e não ouvi na minha época, porque como esse jovem triste de hoje, eu tive tristezas e angústias, e tristezas e angústias e, sobretudo, dúvidas, incertezas e questões sobre o sentido... E que eu também estive fechada para ouvir essas lições envelhecidas (porque são lições de todas as épocas). Só chegando na cinquentena é que a gente percebe a preciosidade do tempo que nos é dado viver...
E compreende a grandeza de pessoas como a Cora Coralina, minha
grande colega Luzia Álvares
e tantas outras que souberam e sabem construir sempre, que se
realizaram no trabalho mesmo com filhos e responsabilidades
familiares... E compreende a grandeza dessas mulheres e homens que
sofrem com vidas tão limitadas, trabalho, casa, trabalho, contas a
pagar, direitos espoliados...
E, especialmente, dizer a um jovem envolvido na
violência mais barra pesada, que tira a vida de outrem por ninharia e
que também perde a vida por nada, que eles também têm sua cota de ação
para melhorar o seu contexto, para progredir, pois sucumbir às
circunstâncias objetivas não é lei natural nem social. Que esses jovens
nesse Brasil profundo têm sua parcela na evolução de nós todos, na
escrita dessa obra conjunta que é nossa história no planeta, essa
diversidade social, cultural extraordinária! Mesmo que muito louca, é
uma grande história. Quando a gente está muito jovem não enxerga isso,
muitas vezes, mas é uma baita história!
E, incrível, a grande força da
mudança social, da reescrita da história para melhor, é a juventude, as
novas gerações, que contestam, questionam, desdenham do que é
ultrapassado...
Juventude é dialética por excelência, síntese de contradições, mudança e conservação, absoluto e relativo. Nosso mundo maltrata os jovens e, ao mesmo tempo, evolui em grande parte por conta deles.
Lindo texto, Cristina. Gosto quando você "se solta". Beijinhos
ResponderExcluirHj. sentei com dois jovens e discutimos orçamento para nossa boa convivência. Percebi, que nunca na idade deles sabia o que era Receita e Despesas do dia a dia e hj fiz tb como eles 1ª vez partilhamos ñ so o mesmo teto + as contas e a alegria de vivenciar 30 anos + do que suas idades as mesmas preocupações do cotidiano. Pois é, Profª. to vivenciando sua preocupação em mostrar que há tempo para errar e aprender. Posso dizer que so convivendo com os jovens temos a oportunidade de orienta-Lo nessa apologia. Experiência Boa que a Vida esta proporcionando-Me. Viva a Nossa Juventude!
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